sábado, 16 de novembro de 2019

Vale -mineradora

A Vale (BOVESPA: VALE R DOCE; NYSE: RIO) é a segunda maior mineradora do mundo e a maior empresa privada do Brasil. É a maior produtora de minério de ferro do mundo e a segunda maior de níquel. A Vale destaca-se ainda na produção de manganês, cobre, bauxita, caulinita, carvão, cobalto, platina, alumina e alumínio.

A antiga empresa de economia mista, criada no governo Getúlio Vargas, é hoje uma empresa privada, de capital aberto, com sede na cidade do Rio de Janeiro, e ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), integrando o Dow Jones Sector Titans Composite Index.

A partir de 29 de novembro de 2007 a marca e o nome de fantasia da empresa passaram a ser apenas Vale, nome pelo qual sempre foi conhecida nas bolsas de valores, mas foi mantida a razão social original Companhia Vale do Rio Doce.

Fundada em 1942, durante o governo de Getúlio Vargas, como parte dos Acordos de Washington,  a Vale tornou-se, em 64 anos, a maior empresa de mineração diversificada das Américas e a segunda maior do mundo.

No Brasil, os minérios são explorados por três sistemas totalmente integrados, que são compostos por mina, ferrovia, usina de pelotização e terminal marítimo.

A história da Companhia Vale do Rio Doce, ou simplesmente Vale, está intimamente ligada à construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas, durante a qual os engenheiros ingleses envolvidos em seu projeto tomaram conhecimento da existência de uma grande reserva de minério de ferro naquela região.

Vários grupos de investidores internacionais adquiriram extensas glebas de terra próximas a Itabira e, em 1909 se reuniram fundando o Brazilian Hematite Syndicate, um sindicato que visava explorá-las.

Em 1910, no XI Congresso Geológico e Mineralógico, realizado em Estocolmo, na Suécia essas reservas foram estimadas em 2 bilhões de toneladas métricas.

Em 1911 o empresário estadunidense Percival Farquhar adquiriu todas as ações do Brazilian Hematite Syndicate e mudou seu nome para Itabira Iron Ore Company.


Décadas de debates acalorados se seguiram - o país praticamente dividido entre os adeptos das duas posições - e o projeto de Farquhar não saía da prancheta.

Esse plano foi inviabilizado quando Getúlio Vargas assumiu o poder, à frente da revolução de 1930, e encampou as reservas de ferro que pertenciam a Farquhar, criando com elas, em 1942, a Companhia Vale do Rio Doce, como uma empresa estatal, para o que obteve o beneplácito dos Estados Unidos e da Inglaterra num tratado chamado de Acordos de Washington. [12]
 Os primeiros vinte anos

Após sua fundação, a Vale conseguiu ir, pouco a pouco, expandindo sua produção de minério de ferro, mas de forma ainda muito lenta.

O Brasil tinha grandes reservas do mineral, mas a demanda era reduzida. A Vale vivia praticamente só para fornecer matéria prima para as siderúrgicas nacionais, sendo a maior delas, então, a Companhia Siderúrgica Nacional.

No final dos anos 1950, a Vale era uma empresa acanhada que extraía cerca de 3 a 4 milhões de toneladas/ano, menos da metade do que planejara Farquhar em 1920. Isso representava um faturamento pequeno, dado o baixo valor econômico do mineral bruto.

Em 1961 entra em cena seu novo presidente, Eliezer Batista, "o engenheiro ferroviário que ligou a Vale ao resto do mundo". Percebendo a necessidade dos japoneses de expandir seu parque siderúrgico, grandemente danificado na segunda guerra, criou o conceito de distância econômica, o que permitiu à Vale entregar minério de ferro ao Japão - antípoda do Brasil - a preços competitivos com o das minas da Austrália, através do Porto de Tubarão.

Abrimos o mercado para um produto que podia valer pouco, mas a idéia era ganhar dinheiro com a "logística", transformando uma distância física (a rota Brasil-Japão-Brasil) numa "distância econômica" , (o valor para colocar o minério nas usinas japonesas), explica Eliezer. [13]

Foram assinados, em 1962, contratos de exportação, válidos por 15 anos, com 11 siderúrgicas japonesas, num total de 5 milhões de toneladas/ano - quase que dobrando a produção da Vale.

Em 1962 a Vale produziu cerca de 8 milhões de toneladas de minério de ferro. [14]
[editar] Tempos atuais

Com a criação da Docenave, em 1962, e com a inauguração do Porto de Tubarão, em 1966, a Vale entrou numa nova fase - de crescimento vertiginoso - com sua produção passando de 10 milhões de toneladas/ano em 1966 para 18 milhões em 1970 e atingindo a incrível marca de 56 milhões de toneladas/ano em 1974, ano em que a então estatal assumiu a liderança mundial na exportação de minério de ferro, a qual nunca mais perdeu.

A Docenave, empresa de navegação da Vale, criada em 1962 para levar parte do minério (40%) ao Japão, chegou a ser a terceira maior empresa de navegação graneleira do mundo.

Situado na Serra dos Carajás, é uma grande província mineralógica que contém a maior reserva mundial de minério de ferro de alto teor, além de grandes reservas de manganês, cobre, ouro e minérios raros.

Para a realização desse projeto, foi criada uma grande infra-estrutura, que inclui a Usina hidrelétrica de Tucuruí, uma das maiores do mundo, a Estrada de Ferro Carajás-Itaqui e o Porto de Ponta da Madeira, localizado em Itaqui, (MA).

O projeto Grande Carajás entrou em operação em 1985, o que permitiu à Vale bater novo recorde na extração de minério de ferro, em 1989, com 108 milhões de toneladas métricas .

Quando foi privatizada, em 1997, a Vale produzia 114 milhões de toneladas/ano, nível que se manteve praticamente estável nos dois anos subsequentes à privatização, para subir acentuadamente em 2000 - quando da incorporação à Vale da Samitri, Socoimex e da participação na GICC. Devido a essas incorporações, torna-se mais difícil a comparação direta dos números de produção, de 2000 em diante, com os anteriores.Logo após a privatização, entretanto, os lucros da empresa aumentaram consideravelmente.

Atualmente a Vale realiza investimentos importantes para a produção de cobre, devendo tornar-se, em poucos anos, uma das maiores players mundiais desta commodity.

Dentre outros investimentos importantes que a Vale realiza, pode-se citar o incentivo à implantação de novas siderúrgicas no Brasil através de participação minoritária e o controle de uma das maiores estruturas de logística do país, incluindo ferrovias e navios.

Após a privatização, em conseqüência do inesperado e substancial aumento dos preços do minério de ferro, a Vale pôde arcar com pesados investimentos, que até o momento somam a quantia de 16,5 bilhões de dólares, fazendo seu lucro anual subir de cerca de 500 milhões de dólares em 1996 para aproximadamente 12 bilhões de dólares em 2006. O número de empregos gerados pela companhia também aumentou desde a privatização




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